terça-feira, 31 de agosto de 2010

Business Intelligence (BI) no RIS e no PACS a bola da vez

Os hospitais, laboratorios, clínicas e centros de diagnósticos  tem hoje uma administração profissional, são conduzidas como empresas normais, que como qualquer outra  primam pela qualidade, redução de  custos, mais agilidade no atendimento aos clientes, diferenciais em relação aos seus concorrentes, melhoria dos seus produtos, etc.

Os principais produtos de um hospital ou clínica são a prestação de serviços: atendimento a pacientes, realização de  laudos, realização de exames, locação de salas de centros cirúrgicos, corpo clínico, leitos, UTI, disponibilização do corpo clínico, leitos, UTI, disponibilização de equipamentos, etc.

Os hospitais como modelos empresariais adotam ferramentas que trazem um grande nível de profissionalização e controle como Sistemas de Gestão de Empresas (ERP), Sistemas de Gestão Hospitalar (SGH ou HIS), BI Business Inteligent (BI).  Tudo isto em função de melhorar os controles,melhoria nos processos, melhoria no atendimento do paciente, melhoria na conduta do atendimento, ter uma visão global do hospital, controle de admissão e saída de pacientes, controle de estoques, medicamentos, quantidade de exames por equipamentos, etc.

Um diferencial que pode ajudar os administradores a terem uma visão melhor de todo processo  é ó Business Intelligence (BI) , que pode ser traduzido como inteligência de negócios, ou inteligência empresarial. Isto significa que é um método que visa ajudar as empresas a tomar as decisões inteligentes, mediante dados e informações recolhidas pelos diversos sistemas de informação. Sendo assim, BI é uma tecnologia que permite às empresas transformar dados guardados nos seus sistemas em Informação qualitativa e importante para a tomada de decisão

Movendo para segmento de RIS/PACS podemos retirar várias informações estatísticas, operacionais e gerenciais.  Basicamente as informações são derivadas de

  •  paciente (nome, idade, sexo, estado civil, residência)
  • exame (exame realizado, data, hora, materiais e medicamentes utilizados, modalidade)
  • agendamento (data do agendamento, médico solicitante, origem do agendamento, quem agendou, unidade, setor, convênio, exame urgente ou rotina, valor do exame)
  •  laudo (médico da primeira leitura, médico da segunda leitura, médico do laudo final, status do laudo)
  •  Tempos envolvendo os várias etapas dos exame (tempo de espera na recepção, tempo de laudo, tempo de preparo, tempo de agendamento)


Com estes dados é possível retiramos várias informações importantes dentro de um período específico (ano, mês, dia) como por exemplo :

  •     Número/valor de exames por modalidade
  •     Número/valor de exames por modalidade por sexo do paciente
  •     Quantidade de pacientes atendidos por modalidade
  •     Ranking dos médicos solicitantes
  •     Ranking de exames
  •     Ranking de materiais utilizados

Em uma solução de BI os dados são apresentados utilizando uma interface bem amigável para o usuário final. Geralmente são utilizadas soluções baseadas em planilha dinâmica.

 Um exemplo que peguei no mercado é a empresa SMA Tecnologia que construiu um ferramenta  chamada (GetWyn) utilizada para a visualização e distribuição dos dados do BI. É uma solução totalmente WEB disponível para os principais browsers do mercado (IE, ForeFox, Chrome, Safari) . Existe também uma versão light que permite o acesso aos dados via browser dos smartphones como iPhone, Nokia e BlackBerry. 




Arquitetura típica de um BI 

















O GetWyn também oferece dispositivos para gerenciamento de acesso a informação baseado no perfil de cada usuário. Ou seja, um usuário operacional terá uma visão diferente de um usuário com perfil gerencial.

O GetWyn também oferece a possibilidade de acessar dados diretamente da base on line. Como por exemplo, para responder a pergunta “Qual a quantidade de pacientes que estão aguardando na recepção agora ?”

Outra característica do GetWyn é a possibilidade fazer o gerenciamento documentos do cliente e  de associar um documento (PDF, doc, Etc) a uma determinada consulta

Exemplo de uma tela de BI Getwyn:

















Tendência de Mercado

Todos os principais fabricantes de RIS e PACS estão incorporando em seus produtos ferramentas nativas de BI, algumas fáceis de utilizar, onde é possível carregar as informações de maneira online e instantânea, como na ferramenta de exemplo acima, até em dispositivos móveis como a coqueluche do momento o iPhone da Apple. E outras soluções que tem sua saída de informações através de softwares como Crystal Reports, que tornam um pouco mais demorado e burocrático a retiradas das informações e num formato não muito amigável.

Este BI do exemplo, o Getwyn,  esta sendo adotado por um grande fabricante de PACS e RIS para ser incorporado ao seus sistemas. Se voce não tem uma expectativa de prazos no horizonte próximo de seu fornecedor de RIS e PACS, talvez seja o momento de pensar em adquirir uma solução de terceiros.
E verificar por conta propria os ganhos de produtividade  e visão do negocio que se pode ter. Os custos não são tão proibitivos como se pensa e você pode ter uma visão de que pode ser melhorado.

E de posse destes dados você pode fazer uma melhoria de processos, uma campanha de marketing para utilizar um horário que é pouco explorado de realização de exames, saber quem da equipe dos radiologistas produz mais, quem precisa de mais acompanhamento. Que equipamento da mais problemas, que fica mais tempo em manutenção.Enfim, são infinitas as formas de melhorias.

terça-feira, 13 de abril de 2010

A ardua arte de integrar mundos diferentes - HIS x RIS

Integrar o sistema de gestão hospitalar ao sistema de radiologia é uma verdadeira arte. Ambos são desenhados para públicos diferentes, finalidades diferentes, porem precisam conviver com harmonia. A inteface entre eles parece uma ponte de madeira, daquelas de sitio, as vezes cai, as vezes não deixa passar um caminhão mais pesado, as vezes a chuva leva. O mundo ideal seria que o sistema de RIS ficassse dentro do sistema de gestão, HIS, porem quando isto acontece o fabricante não tem agilidade para que o RIS acompanhe todas as tendências e novidades esperadas e acaba ficando desatualizado. O que comento é que com um sistema HIS e RIS separados temos a vantagem de ambos estarem constantemente em atualização, porem não tem a sinergia de um produto único, a comunicação é realizada normalmente por uma fila de mensagens, que quando pará, engessa o RIS e o HIS. Um não recebe os agendamentos e o outro não recebe ordem para cobrar dos pacientes.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Certificação da PARCA (PACS Administrators Registry and Certification Association) nos EUA.

Esta semana passada me tornei o primeiro certificado do Brasil em PACS pela PARCA.(PACS Administrators Registry and Certification Association) EUA.

---------- Forwarded message ----------
From: Daniel Tornieri <dtornieri@gmail.com>
Date: Tue, Apr 6, 2010 at 1:10 PM
Subject: Re: Certified PACS Associate - Clinical Exam
To: PARCA Customer Service Team <service@pacsadmin.org>



Hello dears, Am I the first certificate of Brazil?


On Mon, Apr 5, 2010 at 10:02 PM, PARCA Customer Service Team <service@pacsadmin.org> wrote:

** PARCA Examination results **

Attn: Daniel Tornieri (PARCA Member# 4846)

Congratulations, you passed the Certified PACS Associate - Clinical Exam with a score of 70% (35 out of 50).
You are now eligible to take the CPIA and CPSA exams.

If you have any questions please contact us at service@pacsadmin.org.

Thanks,
PARCA Customer Service Team

Resposta da PARCA

info PARCA

 to me
show details Apr 8 (4 days ago)

I believe that you are the first in Brazil.  Congratulations!

Tammy

Fiz duas provas que tem os seguintes assuntos:


A. Technical Requirements

1. Computer basics
Operating system basics
Database basics
Data representations
Networking technology
Basic Security Concepts

B. Clinical Requirements

1. Basic medical terminology

2. Basic human anatomy

3. Radiology Imaging basics:
3.1 Principles of different modalities (CR, DR, XR, XA, RF, US, MR, NM, CT)
3.2 Basic operational procedural knowledge of computer radiology equipment
3.3 Image characteristics for each modality
3.4 Positioning and viewing techniques and terminology
3.5 QA / QC
3.6 Collimation versus shuttering

4. Typical process flow ("Completing the exam cycle"):
4.1 Physician order
4.2 Performance of exam
4.3 Results reporting (dictation & speech recognition)
4.4 Remote system access for image viewing

5. How to handle prior exams & outside exams:
5.1 Film & digitization
5.2 Import CD's

Radiações em tratamentos médicos podem curar e podem matar





Quando era pequeno meu pai me dizia para não ficar perto da TV, pois poderia pegar cancer ao longo do tempo, pois o tubo de tv emitia radiação,era verdade,os tubos mais antigos emitiam radiação, em baixa intensidade, porem emitiam e depois com o tempo os tubos foram se tornando obsoletos e com mais controles e a radiação foi sendo reduzida, estão sendo substituidos pelas tv´s de LCD, led, plasma e a radiação ficou na história...

... mas isto ficou na minha cabeça.. e hoje presto atenção que cada vez que vamos a um hospital, a quantidade de exames de raio x´s e tomografias pedidos parecem cada vez mais aumentar.. temos mesmo que fazer todos este exames pedidos?

Lembra do tubo de tv que emitia raio x em pequenas doses? Os aparelhos de raio x e tomografia são identicos no principio de funcionamento do tubo de televisão antigos, porem em altas doses..

Estão cada vez mais em pauta no EUA discussões sobre as doses que os pacientes estão tomando em exames de tomografia (CT) e tratamentos de cancer com radioterapia (IMRT). E tambem a necessidade de alguns exames. Até que ponto uma criança com sinusite ou pneumonia, precisa de uma tomografia? O mal que isto causa ao longo do tempo pode não valer a pena..em relação ao beneficio.

Veja este video sobre o funcionamento e problemas com equipamentos de radioterapia ->

http://www.nytimes.com/interactive/2010/01/22/us/Radiation.html

Os problemas decorrentes de radioterapia mal utilizadas são mais evidentes, pois a as doses dos equipamentos são altas, mas os problemas decorrentes de varios exames de raio x e tomografia ao longo dos anos não são facilmente detectaveis e podem gerar um cancer em quem estava se curando de um outro problema.

Do ponto de vista da instituição, os equipamentos de radiologia e radioterapia precisam de um fisico que faça acompanhamento para verificar se os mesmos estão dentro dos padrões de radiação evitando que pacientes e funcionarios recebam doses erradas.

Os controles de radiação são realizados através de dosimetros que os funcionarios portam e mensalmente são auditados. Estes dosimetros medem a quantidade de radiação acumulada recebida.
Através dos campos dicom pode-se tambem calcular a quantidade de radição que o equipamento emitiu.

Deve-se ter um forte acompanhamento das manutenções e controle de doses dos equipamentos eletromédicos.

Ter a preocupação em menor dose possível de radiação nos pacientes e funcionários.

Fica aqui uma pergunta: Será que a instiutição em que você ou os seus estão fazendo exames tem estes controles e acompanhamentos de profissionais capacitados?

quinta-feira, 18 de março de 2010

Recursos avançados do PACS - Reconstrução 3D remota

A quantidade das imagens por exames esta crescendo muito a medida que temos modalidades com cada vez mais cortes, hoje chegamos a ter um tomográfo com 340 cortes. O resultado disto, por exemplo é um exame de cerca de 2.000 a 5.000 imagens que são armazenadas no PACS. Escovando bit´s, 512 KB cada imagem,  da um exame de 1 GB a 2,5 GB arquivado no PACS e sendo manipulado pela estação de reconstrução. Quando o radiologista pede este exame para laudar /reconstruir é preciso fazer a copia fisica de 2,5 GB do PACS para a Workstation de laudo/reconstrução, depois de reconstruido este volume 3D é copiado para o PACS, para fazer parte das imagens do paciente.




Vou falar de uma ferramenta que esta no mercado a uns (4/5anos), mas vem ganhando cada vez mais adeptos: a recontrução 3D remota. O que temos é o deslocamento do processamento da Workstation local para um servidor dedicado a reconstrução, com isto não precisamos copiar as imagens do PACS para a Workstation de laudo/reconstrução. Temos um cliente leve instalado em um computador comum, este cliente requisita as reconstruções para o servidor de reconstrução 3D e este devolve as reconstruções 3D prontas.

As vantagens são:
  • Não precisamos de Workstation pesadas para realizar as reconstrução,
  • Não existe transmissão/copia de grandes volumes de  imagens do PACS para a Workstation de reconstrução. Rede de comunicação fica mais leve.
  • As Workstations dedicadas de reconstrução podem ser substituidas por estes serviços de reconstruçao 3D
  • Em grandes instituições temos um melhor aproveitamentos de licenças de softwares entre as várias unidades remotas e escala de plantões dos radiologistas.
Uma das empresas pioneiras deste tipo de serviço é a Terarecon http://www.terarecon.com/index.php. Testei a ferramenta e foi bem aceita pelo publico dos médicos, porem apesar da ferramenta apresentar uma grande quantidade de protocolos, ainda falta alguns protocolos para substituir o serviço realizado por algumas Workstations dedicadas. Mas pelo que vi atende a 97% das necessidades.

Os grandes fabricantes de PACS estão correndo contra o tempo e estão adaptando estas novas funcionalidades em seus produtos de modo a ficar nativo no produto.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

iPAD, Osirix e PACS

Quem ainda não conhece o software Osirix, http://www.osirix-viewer.com/  vai se surpreender com os recursos que ele tem, alem do fato de ser gratuito. Funciona na plataforma Mac e é uma verdadeira febre entre os médicos que querem manipular / visualizar imagens médicas. Estão comprando Macintosh só por causa deste software.



Agora com o lançamento do iPAD a Osirix ja prometeu em breve uma versão nesta plataforma . A visualização de imagens que já era feita pelo iPhone, pelo Mac, agora será um grande atrativo pelo fato da facilidade de carregar e usar a tela maior do iPAD.
 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

PACS / RIS recursos tecnologicos avançados

Hoje é grande a quantidade de ferramentas que são disponibilizadas nos sistemas de PACS / RIS, vamos comentar algumas:

Reconhecimento de voz - Um recurso que funciona de verdade, vejo na pratica e não é ficção. O médico dita o laudo e automaticamente e online o texto aparece no laudo. Speechmagic é um dos unicos que funcionam no Brasil devido a principal base fonetica de suporte a lingua portuguesa , produto desenvolvido pela Philips, que agora foi vendido para Nuance. Agiliza muito a confecção de laudos.. Os principais fabricantes de RIS do Brasil utilizam o mecanismo do speechmagic incorporado aos seus sistemas.

 http://www.nuance.com/healthcare/products/speechmagic.asp

Cursos e livros de PACS / RIS

Prezados, tenho recebido inumeras consultas sobre o conteudo de PACS / RIS, perguntando sobre livros, cursos, etc.

Livros: Somente temos livros em inglês, estou escrevendo um livro em portugues e em breve estaremos publicando.

Cursos: Organizamos cursos de PACS e RIS, porem é necessário fechar uma turma.

Questionem sobre o que voces querem saber, algo especifico.